Perguntas frequentes | Psiquiatria Élquer
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​Como é feito o diagnóstico e qual o melhor tratamento para o TOC?​

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É feito durante a avaliação médica do paciente na consulta em que se busca pelos sintomas e sinais do TOC ao longo da vida e no momento atual. Não há nenhum exame médico nem teste psicológico a ser feito. O diagnóstico é feito pela história médica que o paciente conta. 

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O melhor tratamento é o que envolve as medicações antiobsessivas junto aos exercícios de Exposição e Prevenção de Respostas (EPR). O remédio vai diminuir a frequência e a intensidade das obsessões e controlar a ansiedade permitindo ao paciente conseguir fazer a EPR que é fundamental para vencer o TOC.   

Quanto tempo dura a consulta ?​​

O tempo de duração da consulta varia para cada caso. Há pacientes com sintomas menos graves em que as consultas duram em média uma hora. Mas há casos mais intensos e com diversidade enorme de sintomas e isso pode levar a consulta a durar muito mais tempo. O importante é ser avaliado com calma, pelo tempo que for necessário para se chegar ao diagnóstico correto e assim receber o tratamento médico certo. 

O tratamento é caro ? Atende convênio ?

Caro é o que não dá resultado. Caro é fazer tratamento com psiquiatra e psicólogo que não sabem tratar TOC. Infelizmente o TOC é uma doença que poucos se dedicam a estudar e tratar corretamente portanto os tratamentos deixam muito a desejar e o paciente é quem perde com isso. 

Para que o portador de  TOC seja bem avaliado e bem tratado ele precisa de uma consulta médica em que o psiquiatra possa se dedicar e se interessar pelo paciente e isso é difícil de ser feito através de um atendimento que não seja particular, por isso não atendo por convênio. 

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Como saber se estou sendo bem tratado pelo meu médico ?

Se seu psiquiatra não parecer interessado em seus sintomas e quiser apenas passar um tratamento padrão (sem se preocupar com as atividades de Exposição e Prevenção de Respostas-EPR) não hesite em trocar de médico. Cada paciente é único, nenhum TOC é exatamente igual ao dos outros portanto todo tratamento deve ser bem personalizado e muito bem acompanhado. 
 

O TOC é um tipo de 'loucura" (psicose) ? Posso ficar "doido" se não me tratar ?

Apesar de alguns pacientes terem pensamentos muito indesejados com conteúdo bizarro, terem que fazer rituais que não fazem nenhum sentido para si mesmos ou para as outras pessoas e por se sentirem completamente sem controle sobre sua condição, o TOC não é do grupo das doenças consideradas psicose ("loucura").  Dessa forma não há nenhum motivo para pensar nisso. 
Se não tratado o TOC pode acompanhar o paciente ao longo da vida causando prejuízos diversos e limitar muito o potencial de desenvolvimento e a qualidade de
 vida mas não torna ninguém psicótico ("doido"). 
 

​Como é o tratamento com remédio ? â€‹Crianças e adolescentes também podem usar ?​
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É feito basicamente com as medicações antiobsessivas (que originalmente foram classificadas como antidepressivas). Atualmente é um tratamento bem tolerado, de fácil acesso e sem preço elevado como antes. 
O tratamento pode ser feito por pacientes de qualquer idade: crianças, adolescentes e inclusive idosos. 

Posso ficar viciado no remédio ?​
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Não. Esse risco não existe. O tratamento do TOC não envolve medicações de tarja preta que são as que têm potencial de viciar quem as usa. Dessa forma
as opções que temos de remédio são seguras e o paciente pode manter sua rotina absolutamente normal: trabalhar, estudar, namorar. Quando houver alta do tratamento a retirada da medicação é feita de forma gradativa sem nenhuma dificuldade para o paciente. 

​Quais os efeitos colaterais dos remédios ?​
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Em geral não são efeitos muito incômodos e quando ocorrem tendem a melhorar com o tempo de uso. Os sintomas que a pessoa sente com o TOC são bem piores que os possíveis efeitos colaterais das medicações que em geral se limitam a azia, náusea, boca seca, atraso pra ter prazer sexual. Há quem não sinta nada e há quem não tolere esses efeitos. Pra quem não tolera se faz o ajuste da dose ou se troca o remédio usado. 

Há disponibildade de pegar o remédio no SUS/Posto de Saúde ?​
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Sim. Há três medicações possíveis de serem
usadas no TOC que são disponibilzadas pela rede pública e em geral elas são facilmente encontradas nos Postos de Saúde. Além disso quem quiser pagar pelo remédio verá que não é caro.  

​Quanto tempo usarei a medicação ?​
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Depende do quadro de cada paciente. Há os que usam por 1ano e meio e têm alta e há quem precise usar a vida toda. Tudo depende da intensidade do TOC. Portanto cada paciente vai usar pelo tempo mais adequado para ele e é uma decisão baseada em critérios médicos. 

O remédio perde o efeito com o passar do tempo ?​
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Não. Esse é um erro muito grande e muito comum: achar que o "o corpo se acostumou" com o remédio ou que por usar há muito tempo este perdeu o efeito. Muitas pessoas pensam isso quando voltam a ter sintomas durante o tratamento que estava indo bem. O que acontece é que o quadro do paciente se intensificou (por algum motivo, como por exemplo passar por um estresse importante ou outros problemas médicos que aparecem na pessoa) e a dose que esse paciente estava tomando não deu conta de segurar essa piora do TOC, sendo necessário então ajustar o remédio ou mesmo intensificar o atendimento com a psicologia nessa fase. O remédio sempre estará agindo o que precisa é ajustar o tratamento. 

Qual a idade de início dos sintomas de TOC ?

É uma doença que começa principalmente nos jovens. No sexo masculino, costuma começar antes dos 10 anos de idade e no sexo feminino é mais comum aparecer no final da adolescência. Mas isso não é uma regra fixa . O TOC pode ocorrer em qualquer idade. 

Ter hábitos repetitivos e gostar de fazer algumas coisas de determinado jeito, isso é TOC ? 

Se isso não atrapalha a vida, a pessoa não sofre com isso,  não traz nenhum sentimento de incômodo, não traz perda de tempo importante fazendo esses hábitos, não interfere na funcionalidade da pessoa (ela trabalha normalmente, tem seus relacionamentos afetivos saudáveis), não atrapalha a vida de quem convive junto; são apenas hábitos, rotinas. O psiquiatra vai sempre se atentar ao tempo gasto pelas pessoas fazendo rituais, se interfere ou não no funcionamento do dia a dia, e se há um sofrimento associado. 

 

Ficar obsecado por uma pessoa e não conseguir se separar, viver sem ela ou aceitar que o relacionamento acabou. Isso é um tipo de obsessão do TOC ?

Não. Este é um provável quadro de Dependência Afetiva (também conhecida por Dependência Emocional) e é tratado com a ajuda de psicólogos que entendem sobre esse tema. 
 

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